segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Sl 138.7

Se ando em meio à tribulação, tu me refazes a vida;
estendes a mão contra a ira dos meus inimigos;
a tua destra me salva.
(Sl 138.7)

O que nos leva, a muitos, que atravessaram a vida sem muita preocupação com a fé conhecer Deus e ter a certeza de que foi aquilo que nos levou até Ele, é nos encontrarmos, mesmo, no centro das adversidades, apertados, sob o açoite da incompreensão e da indiferença, sentindo o verdadeiro significado da palavra abandono.
Sob o açoite da incompreensão e da indiferença, como estas palavras descrevem bem o momento em que nossos corações clamam por alívio, quando descobrimos; de repente; que tudo que estamos tentando não vai adiantar, que neste momento precisamos de algo mais forte, do qual nunca nos lembramos de lançar mão, porque pensávamos que toda solução viria do que aprendemos, do que podemos criar, dos que nos cercam. Este é o momento de descobrirmos o verdadeiro significado da palavra acreditar, dos atos ou acontecimentos fora do comum, inexplicáveis pelos ensinamentos que sempre nortearam nossas vidas até então; de fazer, de receber, de contar com nossas próprias forças e de quem nos está próximo e muitas vezes nos abandonam.

É quando não vislumbramos qualquer vestígio de esperança, nos sentimos vencidos; e, nossos pensamentos se voltam para ensinamentos passados, para os idos onde ainda não havíamos atingido o ponto de pensar que podíamos; por nossas próprias forças; vencer qualquer coisa; e, nos lembramos que não precisamos caminhar sozinhos.

É quando, naturalmente, quase sem percebermos, aceitamos a mão que Ele nos estende, quando sentimos que é suficiente!

Quando descobrimos que este apoio nos fará felizes apesar da fúria da tempestade, da indiferença e da ausência dos, até então, considerados parceiros!

Quando sentimos que podemos abrir mão dos que abandonaram a jornada antes de chegarmos ao destino. É indescritível. Quando de repente temos a convicção de fatos que não se vêem, quando a fé; e apenas ela; nos leva a acreditar no que virá pela frente, quando não sentimos mais vontade de pedir a quem não fará, porque passamos a pedir a Quem fará!

Quando passamos a viver com serenidade, quando sentimos a paz, isto se fará sentir nos que nos cercam, porque felicidade é algo que jamais deixara de ser notado, muitos não entenderão como podemos estar tranqüilos ante a tempestade, mas será algo que já descobrimos e que nos acompanhará por toda a vida.

Candy Saad
Baseado em texto extraído do livro Mananciais no deserto.

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